sábado, 3 de março de 2012

Livros - A invenção de Hugo Cabret

Brasilia, 03 de março de 2012.

 
No clima de divulgação das premiações do Oscar de cinema (o filme, na direção de Martin Scorcese, ganhou cinco prêmios), acabei de ler, com genuíno encanto, o curioso”A invenção de Hugo Cabret”, texto e ilustrações de Brian Selznick, Edições SM, 2007/2012, 533 páginas. Trata-se de livro juvenil, próprio para jovens e adolescentes, que dá para ler de um só fôlego.  A história é quase ingênua ( e criativa ), revelando um mundo de mistérios, incertezas, perigos e suspense.  O ambiente físico é a central de trem  de Paris, dos anos 1930, onde Hugo Cabret, menino órfão de 12 anos, vive escondido e circulando por passagens secretas e  estreitos caminhos.  O cronometrista da estação era tio de Hugo Cabret, bebia muito e num dado momento desapareceu, deixando o garoto, seu aprendiz, incumbido de cuidar diariamente de todos os relógios da estação.  Hugo Cabret era muito habilidoso e sabia cuidar de todas as engrenagens:  acertava as horas, escutava os compassos, observava os enormes ponteiros e ficava responsável pelo bom funcionamento das máquinas.  Hugo Cabret guarda um importante segredo e procura se manter escondido, invisível de todos.  A sua aventura toma forma e enfrenta embaraços na medida em que se envolve com o dono da loja de brinquedos da estação e com a sua afilhada, Isabelle.  O atraente relato das coisas nos leva à origem do cinema, à convivência com o homem mecânico -  a figura central do autômato, salvo de incêndio no museu - ,  aos mistérios do caderno de Hugo, da chave de Isabelle e de outros enigmas.  Com rara beleza, a história é narrada com a mistura de texto e sugestivas gravuras,  empreendendo a experiência da agradável leitura.

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